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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
GEOGRAFIA: Dicas para preservação do meio ambiente em Lavras do Sul
Lavras do Sul é uma cidade de pequeno porte, com pouco mais de 8 000 habitantes e um grande potencial para uma forte preservação de seu ambiente, inclusive com áreas que desempenham aptidão para serem promovidas a unidades de preservação ambiental. Mas muitos de seus habitantes e visitantes começam a mostrar uma forte preocupação com a limpeza de suas ruas, de suas praças e áreas de lazer e, sobretudo, da Praia do Paredão. Sem que a populacao lavrense percebesse, nos úlitmos anos a zona urbana já sofreu alguns dos efeitos das transformações ambientais, como o acúmulo de lixo e a poluição das águas do Arroio Camaquã. Talvez, e involuntariamente, todos imaginavam e pensavam, com garantia, que poluição, sujeira e tais coisas só aconteciam em Porto Alegre, ou em São Paulo, ou apenas em cidades grandes. Engano!
A preservação do meio ambiente, de alguns anos para cá, deixou de ser uma preocupação exclusiva das metrópoles e grandes cidades, passando a ser um problema de escala mundial. Gradativamente, as cidades do interior, começam a sofrer as conseqüências dos impactos ambientais que o ser humano vem desempenhando nas últimas décadas, por conta, principalmente, da constante urbanização (a maioria das cidades do interior gaúcho tem mais habitantes na zona urbana do que no campo, assim como nosso Município).
A conscientização ecológica faz-se necessária nas escolas (desde a Educação Infantil) e em toda a sociedade, onde todos podem (e devem) participar e desenvolver atividades, através de projetos especiais relacionados com diversas questões, sugeridas a seguir:
* limpeza pública: a importância de não jogar lixo nas ruas e locais públicos, descrevendo as conseqüências que um acúmulo de lixo jogado no chão de qualquer via pública, praça, área de lazer ou terrenos baldios;
* introdução de um sistema de coleta seletiva de lixo e reciclagem, para uma reutilização do que consumimos no nosso dia-a-dia;
* instalação de mais de coletores de lixo e instalação de coletores de lixo recicláveis;
* mutirões periódicos para limpeza das ruas e praças, acompanhados de conscientização ecológica;
* limpezas periódicas da água do arroio e da Praia do Paredão;
* manutenção da estrutura (geral, hidráulica e de infra-estrutura) e limpeza constantes do Camping Municipal, o ano inteiro;
* sugestão de monitoramento da qualidade das águas (ainda que realizado por empresas e profissionais de fora de Lavras) e da estrutura da represa e da taipa, durante todo o ano;
* mini-cursos de capacitação de profissionais para o ensino de educação ambiental nas escolas e outros eventos;
* preservação da água: descrição do que ocasiona o que pode acontecer com águas poluídas e as conseqüências da sujeira e da falta de água;
* sugestão de relacionar a visão geral do meio ambiente com a questão local, com a descrição da localização, nascentes, origem, características e elementos do Arroio Camaquã das Lavras;
* organização de comitês de gerenciamento dos sistemas hídricos, com a participação de profissionais ligados ao meio ambiente do Município, em parceria com os professores, Secretaria do Meio Ambiente, Prefeitura e diversos setores da sociedade;
* esclarecimento da população sobre a preservação das águas do Paredão, da represa e do Arroio Camaquã, através de passeios, eventos, projetos, campanhas e trabalhos, muitos deles visando preparar nossos jovens para a preservação e o futuro das águas do nosso tradicional balneário, alertando, por exemplo, que se não cuidarmos bem das nossas águas, cenas como poder aproveitar horas de lazer e alegria nas férias, tomando banho e brincando bastante, podem não se repetir em um futuro não muito distante;
* conscientização e alerta da população para possíveis faltas da água e problemas de qualidade e distribuição das mesmas, através de campanhas;
* realização de campanhas de preservação ecológica e do ambiente urbano, que podem ser veiculadas nas rádios locais;
* orientações sobre a preservação ambiental de nossas áreas de lazer para os visitantes de outras cidades e regiões, por parte de campanhas explicativas, do Executivo ou dos próprios moradores;
* disponibilidade, divulgação, atualização e incentivo da pesquisa e procura de informações sobre assuntos relacionados ao meio ambiente (através do Telecentro, que será inaugurado em breve; de materiais bibliográficos da rede de ensino; da Internet das escolas - ou mesmo em casa, ou nas LAN Houses.
* uma outra boa dica para a formação de uma forte consciência ambiental é assistir a programas de televisão, em canais facilmente encontrados nas antenas parabólicas instaladas no Município (como Futura, Canal Rural e Rede Vida), que apresentam diversos programas abordando a questão do meio ambiente, além de programas específicos de canais de maior repercussão e audiência, como o Globo Repórter, que mostram uma visão geral da biodiversidade e das paisagens do Brasil e do Mundo, além de dicas de utilização, conscientização e preservação dos recursos naturais (os principais são o Globo Ecologia, Globo Rural, Jornal Hoje, Jornal Nacional, Fantástico e Globo Repórter, além dos intervalos comerciais, principalmente nos televisores sintonizados via parabólica); alguns intervalos apresentam mensagens de cerca de um minuto de duração, com imagens do ambiente natural de diversas regiões brasileiras, nos dando a idéia da importância de manter e preservar a natureza;
* as atividades devem fugir do modelo tradicional (em que apenas se escreve no quadro-negro dentro da sala de aula). Uma tendência cada vez mais adotada na educação de quase todos os países é a prática e vivência da realidade ambiental do lugar onde vivemos, e as constantes transformações que nós mesmos fomos responsáveis por criar. Para isso, são desenvolvidas atividades externas, ou seja, fora da sala de aula, com saídas de campo que mostram a realidade ambiental dos locais (saídas de campo é apenas um modo de dizer, pois representa o mesmo que um passeio, tratando-se de crianças e adolescentes). Não basta conhecer a preservação ambiental, é preciso praticá-la;
* projetos gerais sobre o futuro ambiental da cidade, como: palestras, oficinas, cursos, mini-cursos, debates, seminários, mutirões, teatro infantil, shows beneficentes, gincanas, feiras, festas, programas de rádio, distribuição de mudas de plantas e árvores, distribuição de panfletos, organização de passeatas, confecção de cartazes nas escolas, propostas de projetos na Secretaria do Meio Ambiente, entre outros;
* planejamento orçamentário e de recursos para investimentos na melhoria do meio ambiente nas áreas rurais e, especialmente, na Sede;
* formação de grupos de trabalho para a elaboração e o desenvolvimento de projetos de Desenvolvimento Sustentável (crescimento econômico, associado a preservação do meio ambiente).
Os pais também representam um papel importante na formação da consciência ecológica do futuro de Lavras: a orientação para evitar o desperdício de água, não despejar lixo nas ruas e praças, a valorização dos animais e plantas, além de incentivos ao cultivo de plantas ornamentais e hortas nos quintais das casas, com os filhos auxiliando os pais e aprendendo as primeiras noções de plantio e colheita, sendo esta uma forma de introdução a atividade agrícola. Os efeitos da degradação da natureza também devem ser debatidos no ambiente familiar, com uma abordagem cuja linguagem deve estar de acordo a idade dos filhos.
Há questionamentos em relação a qualidade das águas do Paredão durante os meses de primavera e verão, que, por algumas vezes, não é suficiente para atender a demanda de sua utilização (consumo e lazer). O sistema de esgoto é considerado insuficiente em Lavras, causando preocupações com o futuro do sistema de abastecimento e da qualidade da água distribuída para as casas. Trabalhos de alerta para o consumo controlado dos sistemas hídricos (com campanhas locais, voltadas para a escola e o público em geral), bem como estudos para a viabilidade de um projeto amplo de tratamento dos esgotos são ítens necessários para a otimização e consolidação do serviço de saneamento básico no Município. Isto não é impossível, ao contrário!
Outro alerta: algumas partes do Paredão, como o leito (onde há formações de depósitos de sedimentos em parte do ano) e a represa, que já apresenta algumas obstruções em suas aberturas de escoamento de água (como plantas que surgem naturalmente e inços, que podem, se não retirados com certa urgência, dar origem a problemas como dificuldades no abastecimento e distribuição de água ou, até mesmo, alagamentos). Estes problemas, que requerem uma atenção especial e imediata do Poder Público e de toda a comunidade, se não forem resolvidos o quanto antes, podem prejudicar consideravelmente o povo e a estrutura do Município.
A mobilização da população tendo em vista o futuro ambiental de Lavras do Sul faz-se necessária e imediata, não só por intermédio do ambiente escolar e familiar. Sugere-se ao Poder Público e a toda a sociedade uma reflexão para, em seguida, uma tomada de ações necessária para que a nossa querida Lavras do Sul possa continuar sendo uma cidade com um ótimo ambiente, harmônico, limpo, despoluído, utilizado de forma racional e sustentável, deixando para trás os temíveis efeitos ambientais e ecológicos que grandes centros urbanos mundiais e brasileiros já começam a sentir, por conta da degradação da natureza e do aquecimento global.
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